"Se a bola soubesse o encanto que tem, não passaria a vida rolando de pé em pé" - Armando Nogueira

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Antes dele, 10 era apenas um número


Dispensamos apresentações, mesmo tendo encerrado a carreira a mais de 30 anos, se colocar os pés em qualquer lugar do mundo, sua presença será notada, e não apenas por ser conhecido como o Rei do Futebol, e por ter sido eleito o melhor jogador do século, mas como um símbolo brasileiro.
Edison Arantes do Nascimento, conhecido como Pelé, é sem duvidas a figura brasileira mais conhecida de todos os tempos. Não por menos, em 1375 partidas em sua carreira como jogador, Pelé marcou 1284 gols, média de 0,93 gols por partida. Feito único, até os dias de hoje, e por enquanto não tem perigo algum de ser ultrapassado.
Quando jovem, sempre se destacou dos demais e com 12,13 anos já jogava com atletas mais velhos, muitos até profissionais. No primeiro campeonato de futebol de salão que participou, marcou cerca de 15 gols, se tornando artilheiro da competição entre os adultos. O fato de não ter medo de se machucar jogando com os adultos, sem duvida foi o primeiro passo para que pudesse chegar ao Santos, clube onde se consagrou e tem poder de influência até os dias de hoje.
Desde garoto, Pelé já mostrava que queria chegar longe, e em 1950, tento apenas 10 anos, viu seu pai e amigos da família ouvirem no radio a derrota da Seleção Brasileira na Copa, vendo a cara de decepção estampada no rosto de todos e escutar o choro de se pai, Pelé prometeu que iria ganhar uma Copa para ele. Oito anos depois, no mesmo rádio em que seu pai chorou ao ouvir a eliminação da seleção, chorou novamente, mas desta vez, ao ouvir seu filho ser campeão na Suécia em 1958.
Sempre foi considerado um jogador completo, e a malandragem faz parte deste requisito. Quando os zagueiros adversários de times menores chegavam junto e “batiam” demais, Pelé virava para eles e falava : “Pó, agora que o santos quer te contratar, você fica aí dando pancada?” Assim os zagueiros aliviam, também fingia estar machucado para, de repente, dar uma arrancada e fazer o gol. Malandragem a qual falta aos jogadores da atualidade.
Em sua época, onde a televisão ainda engatinhava, jogadores ganhavam bem menos e era muito mais difícil chegar ao estrelato.
Com isso, o fato de transformar a camisa 10 em um símbolo foi por acaso. No Santos, jogava com a 10 quem fosse meia esquerda, já na seleção, Pelé estreiou com a camisa 9, a numero 10 veio parar nele pois a distribuição dos números foi feito de forma aleatória por um membro da FIFA na copa de 1958. Daí em diante, a 10 virou marca e hoje por sua causa, se tornou status ao melhor jogador da equipe, não só no Brasil, mas no mundo. Como todos os tipos de Rei, Pelé é e continuará sendo, amado por muitos e odiado por outros, mas sempre respeitado por todos, principalmente por nós brasileiros, pois seja através do futebol ou nao, Pelé fez o mundo conhecer o Brasil.


(foto tirada da internet)

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