O Quarto poder sem moral alguma

Após um longo tempo de análises e especulações, esta semana o Supremo Tribunal Federal optou pela desregulamentação do jornalismo. A votação terminou em um total de oito a um contra a obrigatoriedade do diploma nos meios de comunicação. Com isso, o Supremo Tribunal Federal alegou que a profissão não interfere no cotidiano da sociedade atual. Bom, agora pare e pense, se o jornalismo não é tão importante em nossa sociedade quanto às outras profissões, por que ainda somos conhecidos por muitos como o “O Quarto Poder”?
Poder este que já ajudou a derrubar presidente, e também ajudou a erguer outro. Mas mesmo assim, para eles ainda não interferimos no cotidiano da sociedade, pelo menos não do mesmo modo que um médico ou advogado interferem. Jornalistas são formadores de opinião e por isso, podem muito bem arruinar a imagem de alguém quanto podem fortalecê-la.
Devido fato que a grande massa da população e até mesmo grande parte da classe média e alta tomam aquilo que é transmitido nos meios de comunicação, seja ele qual for como verdadeiro e assim, não se questionam da origem da informação ou buscam uma apuração melhor detalha do fato. "Se a imprensa disse que é, é por que é e pronto." Desta forma, se a profissão for conduzida por pessoas carentes de ética profissional e sem qualificação adequada no ramo, os resultados serão catastróficos. Sendo assim, toda profissão tem sua devida importância perante a sociedade e o embasamento teórico adquirido na faculdade auxilia e muito se colocado junto em pratica no cotidiano da profissão. Então, tomemos como exemplo a ser seguido a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), órgão que exige que bacharéis em direito passem por uma avaliação após terem concluído o curso superior para poder assim, exercer sua profissão. Desta forma, conseguem eliminar a maior parte das maçãs podres existentes na profissão. Organização a qual deveria existir em todo e qualquer curso profissionalizante neste país e no mundo.
Agora, sem a obrigatoriedade do diploma, o bom profissional será cada vez mais movido pelo amor à profissão, pois aquele que obtiver o diploma terá um diferencial a mais do que os demais, fato que antes era simplesmente obrigatório.
Contudo, se nós, acadêmicos ou profissionais, que atuam na área simplesmente aceitarem este fato de braços cruzados, tento todo este poder de influência e respeito pela sociedade, só estaremos confirmando que todos os argumentos utilizados para desregulamentar a profissão é a mais pura verdade. Por isso, devemos nos manifestar de modo que lembremos o governo de que ele depende muito mais dos veículos de comunicação do que nós dependemos dele e de que jornalismo é coisa séria.