"Se a bola soubesse o encanto que tem, não passaria a vida rolando de pé em pé" - Armando Nogueira

sábado, 10 de julho de 2010

Copa das Zebras ou do Polvo?


A Copa do Mundo FIFA 2010 vem deixando cada vez mais a sua marca na história do futebol, não apenas por ser a primeira vez que um país africano é escolhido como sede da Copa do Mundo, mas também, por muitos tabus, recordes que vem sendo quebrados ao longo da competição.


Tais como..

A participação de duas seleções da Oceania pela primeira vez em Copas, já que a seleção australiana garantiu sua participação através das eliminatórias no continente Asiatico, fazendo assim, com que a Nova Zelandia assegurase a vaga da Oceania.

Klose poderá superar Ronaldo e ser o maior artilheiro das Copas do Mundo. (se marcar pelo menos mais dois gols)(chegando a 16 no total).

Jamais uma seleção anfitriã foi eliminada na primeira fase,como agora (África do Sul).

O Sérvio Dejan Stankovic se tornou o unico jogador a participar de três copas do mundo, cada uma por uma seleção diferente. (Antiga Iugoslávia - Sérvia e Monte Negro - Sérvia).

É a primeira vez que temos uma final de Copa do Mundo sem Brasil, Itália, Alemanha, Argentina e Uruguay pelo menos.

Nunca em todas as edições anteriores duas campeãs mundiais foram eliminadas na primeira fase (França - Itália).

Nesta Copa de 2010 foi a primeira vez que a seleção paraguaia chega a fase de quartas de final da competição.

Pela primeira vez na história tivemos a fase de quartas de final com mais paises Sulamericanos do que paises Europeus. (4-3)

Na partida da primeira fase realizada por Gana e Alemanha, tivemos dois irmãos jogando pela primeira vez em seleções opostas. (Kevin Prince Boateng por Gana e Jerome Boateng pela seleção alemã).

Como se já nao bastasse, um tal de polvo Paul, uma espécie "oraculo animal" vem chamando todas as atenções nesta competição. O animal que pertence ao aquário de Sealife de Oberhausen, no oeste alemão, acertou até então todos os vencedores nas partidas disputadas pela seleção alemã na competição. Agora o tal Polvo, previu a vitória da seleção Espanhola na final da competição e a vitória da Alemanha na disputa do terceiro lugar. Mas a verdade é charlatão ou não, o polvo Paul está indo melhor que muitos nos tradicionais Bolões da Copa!

Bruno Tavarnes

Foto: Tirada da internet

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Árbitros, os verdadeiros amantes do esporte


Edivaldo Elias da Silva, árbitro profissional da Federação Paranaense de Futebol, teve seu primeiro contato com a arbitragem aos 15 anos de idade, quando trabalhava em projetos sociais realizados pela Secretaria de Esportes de Cascavel.
“Por não existirem árbitros no projeto da época, eu e os outros instrutores ficávamos encarregados da arbitragem nas partidas de futebol, e ainda, pelo fato de eu ter jogado até meus 20 anos, fizeram eu manter um contato ainda maior com a arbitragem. Então, a convite de alguns amigos do ramo, decidi iniciar um curso e almejar uma carreira.”
Por ter escolhido uma função, da qual as criticas sempre se sobressaem aos elogios e por ser um tanto quanto solitária, Edivaldo encontrou muitas dificuldades em seu inicio.
“Quando você começa a arbitrar, você tem que pensar lá na frente! Se não, se você pensa no amanha, você acaba não tendo muita motivação para dar continuidade no trabalho. Inclusive vários amigos meus, logo quando começaram a arbitrar falaram: Isso não é pra mim, desistindo logo em seguida. E se você acha que as dificuldades no inicio de uma carreira de jogador é difícil, na de um árbitro é umas três vezes mais complicada!”
A sua motivação vem do sonho de atingir uma carreira internacionalmente bem sucedida e principalmente pelo amor ao esporte. Para isso, como em toda e qualquer profissão, cursos, a constante busca pela informação e sede pelo aperfeiçoamento são indispensáveis para o sucesso.
Mesmo com toda a dificuldade e treinamento árduo, a função de árbitro de futebol ainda não é regularizada como profissão. “Se não me engano, existe um projeto de lei, que, visa a regulamentação da arbitragem como profissão. De onde irá sair os encargos trabalhistas ou quem vai pagar, a gente não sabe! Por que as próprias entidades, não possuem estrutura para isto e sempre tentam de alguma maneira evitar gastos com a arbitragem. Os repasses financeiros, sejam das próprias federações ou através do marketing esportivo, acabam não chegando diretamente aos árbitros.”
Além disso, o grande número de árbitros nos quadros das federações, são um dos principais vilões do desenvolvimento do futebol brasileiro. Devido a esta grande quantidade de profissionais, é muito mais difícil para os árbitros manter a continuidade de jogos, quebrando o ritmo e diminuindo o seu próprio desempenho. Ás vezes realizam apenas uma única partida durante o mês. Com isto, diminui as chances de demonstrar um bom trabalho e aumenta o desgaste daqueles que já estão “na elite” da arbitragem brasileira. Isto dificulta a renovação no quadro nacional de árbitros e castiga não só os fãs da bola, como o espetáculo em si.

Foto: Acervo Pessoal